'I FÓRUM SOCIAL DA UFSB"

(PLATEIA "I FÓRUM SOCIAL UFSB")

(CACIQUE NAILTON HÃHÃHÃ)

(MÃE MENININHA)

 

 

O I Fórum Social da UFSB foi uma experiência enriquecedora, tanto do ponto de vista enquanto estudante e, também, quanto cidadã, pois o diálogo entre diversas comunidades da região, entre elas indígena, religiosas, quilombolas e outras, historicamente, muitas vezes, negligenciadas, além de políticos e outras Instituições que a compõe, a exemplo da UESC, representada pela Reitora Adélia Pinheiro e a CEPLAC, denota a responsabilidade social e o grande desafio de integrá-los, trazendo a sociedade para a UFSB.

Assim como na fala do Prof.º Naomar, ele cita a relevância da criação do Conselho Universitário e sua importância na diversidade dos territórios e na escolha de cada segmento, com clara finalidade de eleger seus representantes.

Com isso, o seu papel é se constituir enquanto Instituição de Ensino Superior de conhecimento, incorporando-se politicamente em seu território. Pois, além de se ter uma estrutura adequada, se faz necessário que esta tenha funcionalidade. Porém, nunca substituindo a responsabilidade do Estado, mas sim, em parceria. Toda via, se legitimando em quatro esferas, são elas no âmbito Jurídico, Acadêmico, Institucional e Social.

            Daí a importância da pretensão de formar um 4º seguimento Universitário, neste caso, além dos Docentes, Servidores e Acadêmicos, a Sociedade.

             Teve uma fala que marcou-me muito, do Cacique Nailton HãHãHã, o qual disse o seguinte: “É preciso que o Índio também estude, esteja na Universidade, para que nossa história não seja contada apenas pelos outros, daquilo do que não é fidedigno, gerando preconceitos, mas contada por nós, a nossa verdade”. Inclusive, a foto dele se encontra em destaque acima, pela quebra de paradigma que causou, fazendo-me pensar por outro ângulo e refletir a respeito, através verdade de sua fala.

        O mundo nunca mudará sozinho, portanto, eventos como este tem a missão de dialogar, conhecer, avaliar, disseminar informações, trocar saberes e propor ideias e soluções, aproximando as políticas públicas do cidadão, assim como, seus anseios e prioridades. Como também, fazendo inclusão de “minorias”, que, muitas vezes, são a “maioria”.

            Ratifico isto na participação na Oficina, do grupo 5, “Educação Superior e Pesquisa”, na qual fui relatora, que enfatizou a participação da comunidade ao pensar, através do diálogo entre os presentes, nas prioridades da UFSB e nesta, incluem-se docentes e discentes da casa e de outras Instituições, além da sociedade em geral. Foi bem interessante, pois idealizou-se algumas sugestões através do coletivo e com pontos de vista distintos e das mais variadas origens. Havia pessoas dos Movimentos Sem Terra, Religiosos, Artísticos, como também, funcionários, entre outros. Por fim, foram votadas 3 propostas, caracterizadas entre “prioridade”, “importante” e a “menos importante”(dentre as demais), sendo que estas irão ser discutidas no próximo Fórum, em Porto Seguro, além de elegerem um membro para representá-las e defendê-las.

         Ademais, fica a reflexão de pensar a Universidade como meio acadêmico de formação, não somente técnico, mas com o compromisso para que sejamos Agentes Transformadores de realidades futuras.